O motorista de táxi Hossam, de 27 anos, afirmou que não votará nas eleições em decorrência do cansaço em relação ao país. Ele alega que sua qualidade de vida deteriorou-se durante os anos do governo de Sisi, que já dura uma década. “Quando houver uma eleição de verdade, eu sairei para votar”, afirmou Hossam.
A atual eleição que teve início no domingo marca a terceira vez que Sisi concorre, desde que assumiu o poder em 2013, após a derrubada do primeiro presidente eleito pelo povo do Egito, Mohamed Mursi. Mursi, um líder islamista, conquistou a Presidência um ano após a destituição do autocrata Hosni Mubarak, em uma revolta popular.
Organizações internacionais têm criticado o histórico de direitos humanos do Egito durante o governo de Sisi, acusando-o de reprimir as liberdades políticas.
Na nova capital em construção na parte oriental do Cairo, uma música patriótica era tocada por um alto-falante do lado de fora de uma seção eleitoral em uma avenida repleta de bancos recém-construídos e ministérios neofaraônicos.
Trabalhadores de construção civil e de escritórios se aglomeravam do lado de fora, alguns agitando bandeiras egípcias, dançando e segurando uma faixa com uma grande foto de Sisi. Algumas dezenas de pessoas faziam fila para votar, enquanto agentes de segurança à paisana observavam.
