Emir do Kuwait, Nawaf al-Ahmad al-Sabah, morre aos 86 anos, e príncipe herdeiro assume o poder no país.







Emir do Kuwait morre aos 86 anos


Emir do Kuwait morre aos 86 anos

O emir do Kuwait, Nawaf al-Ahmad al-Sabah, faleceu neste sábado (16) aos 86 anos, deixando o país em luto. Nawaf estava no poder há pouco mais de três anos e sua morte representa uma mudança importante para a nação, que é um dos principais produtores de petróleo e um aliado estratégico dos Estados Unidos no golfo Pérsico.

As circunstâncias da morte de Nawaf não foram divulgadas. Apenas recentemente ele havia sido internado devido a uma emergência médica, mas na época estava em situação estável, segundo a agência de notícias estatal.

O príncipe herdeiro Meshal al-Ahmad al-Sabah, de 83 anos, assumirá o lugar deixado pelo emir. Ele já vinha governando o Kuwait na prática desde 2021, quando Nawaf o nomeou como seu sucessor. Agora, ele enfrenta o desafio de conduzir o país em um momento sensível de transição após a perda do emir.

Nawaf al-Sabah era reconhecido por sua habilidade em construir consenso, apesar das rivalidades entre o governo e o parlamento que marcaram seu mandato. Ele ascendeu ao posto de emir em setembro de 2020, sucedendo seu irmão, Sabah, uma figura importante na política do Kuwait por mais de 50 anos.

A família al-Sabah tem comandado o Kuwait desde o século 18, com uma forte influência política que moldou a trajetória do país. Sabah, irmão de Nawaf, foi figura-chave na busca por laços estreitos com países vizinhos e na mediação de tensões na região do golfo Pérsico.

O Kuwait, detentor da sétima maior reserva de petróleo do mundo, possui fronteiras com a Arábia Saudita e o Iraque, e desempenha um papel estratégico na geopolítica do Oriente Médio. Sua constituição prevê que o príncipe herdeiro automaticamente se torne emir após a morte do regente, mas ele deve prestar juramento no parlamento para assumir plenamente o poder.

Antes de falecer, Nawaf buscou amenizar a tensão política no Kuwait, inclusive emitindo anistia para dissidentes, mas o impasse persistiu. Agora, com Meshal assumindo o comando, o país enfrenta a expectativa de um período de transição e a nomeação de um novo herdeiro nos próximos meses.

O Kuwait, apesar de proibir a formação de partidos políticos, é considerado um dos estados mais liberais da região, com uma assembleia legislativa que reflete a diversidade de correntes políticas no país.


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