No entanto, parte da população já fugiu da região por medo da repressão, mesmo com as promessas de Baku de respeitar seus direitos. A situação preocupou a Caritas Internacional, cujo secretário-geral, Alistair Dutton, declarou que qualquer agressão contra civis é inaceitável. Ele ressaltou a importância de fornecer assistência humanitária aos que estão fugindo da crise e garantir a proteção e o respeito aos direitos das pessoas deslocadas, incluindo o direito à passagem segura e liberdade de circulação.
A dissolução das instituições governamentais e a consequente extinção da República de Nagorno-Karabakh são eventos que geraram intensas discussões e reações na comunidade internacional. Enquanto alguns acreditam que essa decisão permitirá que cada indivíduo escolha seu destino, outros têm preocupações sobre a estabilidade e a segurança da região, especialmente diante dos relatos de repressão e violência.
É importante ressaltar que a disputa entre o Azerbaijão e a Armênia pelo controle de Nagorno-Karabakh tem raízes históricas e étnicas profundas. Durante o recente conflito na região, houve uma escalada significativa das hostilidades, resultando na perda de vidas e na destruição de infraestruturas. O acordo de cessar-fogo mediado pela Rússia e assinado pelos líderes do Azerbaijão e da Armênia em novembro de 2020 trouxe um certo alívio, mas as tensões ainda persistem.
À medida que o prazo estabelecido por Chakhramanian se aproxima, é necessário um esforço diplomático e humanitário para proteger os direitos e garantir a segurança das pessoas afetadas por essa transição. A comunidade internacional deve se envolver ativamente para ajudar a resolver as divergências entre as partes envolvidas e buscar soluções pacíficas e duradouras para a situação em Nagorno-Karabakh.
É fundamental que todas as partes envolvidas demonstrem comprometimento com o bem-estar da população e busquem uma abordagem baseada no diálogo e na cooperação. Somente assim será possível garantir um futuro seguro e estável para Nagorno-Karabakh e promover a reconciliação entre o Azerbaijão e a Armênia.