No documento, as associações e movimentos indígenas alertam que a Amazônia está enfrentando uma seca sem precedentes, que representa uma ameaça à subsistência dos povos indígenas e ao equilíbrio ambiental global. O comunicado foi enviado também ao presidente da França, Emmanuel Macron, à secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), María Alexandra Moreira, e ao ex-presidente Lula, pois a Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França e faz parte da região amazônica.
Segundo as entidades indígenas, a seca está afetando diretamente o estilo de vida desses povos, que dependem dos recursos obtidos da fauna e flora locais, que estão sendo prejudicados pela diminuição do volume dos rios. O fenômeno climático é atribuído à exploração mineira, expansão agrícola e às alterações climáticas.
O comunicado contém uma lista de medidas propostas para os países da região. A primeira delas é a implementação das iniciativas acordadas na Cúpula da Amazônia, realizada em agosto, em Belém, na qual os representantes dos oito países concordaram em proteger os territórios indígenas como forma de preservar o bioma.
As entidades indígenas também pedem a definição clara de políticas de proteção aos recursos hídricos da Amazônia, bem como a adoção de mecanismos mais rigorosos para combater o desmatamento e recuperar áreas danificadas. O documento também solicita o estabelecimento de estratégias para que as cidades amazônicas possam reduzir a poluição e se desenvolver de forma sustentável, sem pressionar os recursos da vegetação.
Na conclusão do comunicado, os signatários alertam para a importância de ações imediatas e decisivas para a sobrevivência da Amazônia e para a preservação do legado dos povos indígenas da região, que possui uma biodiversidade única e contribui para o equilíbrio climático global.
O documento completo pode ser conferido através deste link.