Em um vídeo que circulou em grupos de entregadores, um jovem aparece com o rosto ensanguentado e relata a agressão. Segundo ele, ao passar de bicicleta pela calçada, ele teria buzinado, o que irritou um morador que estava na frente da portaria do edifício com a namorada. O entregador conta que foi xingado e, ao se aproximar do agressor, ainda sobre a bicicleta, recebeu um soco no rosto. Após o ataque, o agressor teria corrido para dentro do condomínio e quebrado um vidro da portaria.
O vídeo, com duração de 1 minuto e 40 segundos, foi divulgado nas redes sociais e acabou mobilizando outros entregadores. O jovem, ao final, convoca a categoria para um protesto em frente ao local onde a agressão ocorreu.
Até o momento, nem o entregador agredido nem o condomínio registraram boletim de ocorrência sobre o incidente, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A Polícia Militar foi acionada durante o protesto dos motoboys na sexta-feira, por volta das 16h15, mas o grupo se dispersou quando percebeu a chegada da viatura, e ninguém foi detido.
É importante ressaltar que esse caso levanta questões sobre a segurança e a relação entre os entregadores de aplicativos e os moradores dos condomínios onde eles realizam as entregas. A agressão expõe uma situação de vulnerabilidade e violência enfrentada por esses trabalhadores, muitas vezes em meio a uma rotina de longas horas de trabalho e riscos constantes.
A categoria dos entregadores de aplicativos tem se mobilizado cada vez mais para exigir melhores condições de trabalho, incluindo questões como segurança, remuneração justa e direitos trabalhistas. As manifestações, como essa que ocorreu em São Paulo, demonstram a união e o engajamento desses profissionais, que buscam garantir seus direitos e chamar a atenção para as dificuldades que enfrentam diariamente.
Espera-se que as autoridades competentes investiguem o ocorrido e tomem as medidas necessárias para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores de entrega de aplicativos, assim como de todos os cidadãos. Além disso, é fundamental que empresas e usuários dos aplicativos também estejam conscientes e engajados na luta por condições de trabalho justas e dignas para esses profissionais.