Na noite desta terça-feira, os manifestantes realizaram uma passeata, sob os gritos de “renuncie, renuncie”. Muitos caminhavam com tochas.
O responsável pela publicação dos áudios é Peter Magyar, ex-marido de Judit Varga, ex-ministra da Justiça de Orbán. Em suas redes sociais, ele revelou uma gravação ocorrida ainda em sua casa, na qual membros do governo tentavam manobrar procuradores diante de um caso que envolvia outros aliados do primeiro-ministro.
O casal era, porém, a imagem da família perfeita e conservadora que a extrema direita tenta implantar na Hungria.
A crise ocorre num momento tenso para o primeiro-ministro. Dois de seus principais aliados caíram.
Em fevereiro, a presidente Katalin Novak e a própria Varga renunciaram por apoiarem a decisão de conceder perdão a um homem envolvido em um escândalo de abuso sexual infantil em abril de 2023. O vice-diretor de um orfanato estatal, que havia sido preso por encobrir uma série de abusos sexuais contra crianças, foi perdoado no ano passado, mas isso só se tornou conhecido no início de fevereiro.
Naquele momento, milhares de pessoas tomaram as ruas. Orbán justificou que apenas ficou sabendo pela imprensa.
Crise Política na Hungria: Manifestantes Pedem Renúncia e Escândalo Envolvendo o Governo
Na noite desta terça-feira, as ruas da Hungria foram palco de uma manifestação intensa. Os manifestantes, em grande número, marcharam pelas ruas com gritos de “renuncie, renuncie”, clamando por mudanças no governo. O clima era de tensão, com muitos deles carregando tochas acesas, criando uma atmosfera de protesto e revolta.
A crise política se agravou com a divulgação de áudios comprometedores por Peter Magyar, ex-marido da ex-ministra da Justiça de Orbán, Judit Varga. Nas gravações, membros do governo são flagrados tentando manipular procuradores em um caso que envolve aliados do primeiro-ministro. Essa revelação abalou as estruturas do governo e gerou ainda mais revolta nas ruas.
O casal Magyar-Varga, visto como um exemplo da família conservadora promovida pela extrema direita, se viu no centro de um escândalo que abalou as estruturas do governo Orbán. Este, por sua vez, já enfrentava momentos delicados, com a renúncia de dois de seus principais aliados.
Em fevereiro, a presidente Katalin Novak e Judit Varga deixaram seus cargos após apoiarem a polêmica decisão de perdoar um homem envolvido em um caso de abuso sexual infantil. Esse perdão, concedido em 2023 e revelado apenas em fevereiro deste ano, gerou revolta popular e levou milhares de pessoas às ruas em protesto.
A situação política na Hungria é cada vez mais instável, com a população pedindo por mudanças e o governo Orbán enfrentando pressões internas e externas. A divulgação dos áudios e os protestos nas ruas colocam em xeque a estabilidade do governo e a confiança da população nas lideranças políticas do país.
