Escolha do novo Procurador-Geral da República leva a manifestações e impasse de 5 meses no país.




Manifestações Pedem Celeridade na Escolha do Novo Procurador-Geral da República

Manifestações Pedem Celeridade na Escolha do Novo Procurador-Geral da República

No último dia, manifestações em todo o país pediram celeridade na escolha do novo procurador-geral da República por parte da Corte Suprema de Justiça. A lista tríplice enviada por Petro em agosto ainda não teve um consenso entre os 23 magistrados, e a escolha se arrasta há cinco meses. A última sessão ocorreu nesta quinta-feira, durante os protestos.

Como resultado, a atual vice-procuradora, Marta Mancera, deve assumir o cargo. Ela é próxima a Francisco Barbosa e foi investigada por supostamente proteger funcionários corruptos. A próxima votação está marcada para 22 de fevereiro.

A votação desta quinta-feira desencadeou o bloqueio do prédio, e o Ministério Público divulgou uma nota afirmando que está investigando os manifestantes para possível ação penal.

Cidades de todo o país registraram movimentações, com destaque para Medellín, Cali e Bogotá. Na capital, policiais reprimiram os atos na praça de Bolívar. Em Medellin, manifestantes partiram da Universidade de Antíoquia e caminharam até a sede do Ministério Público. Segundo o Conselho de Segurança do país, não houve feridos em nenhuma manifestação.

Risco Institucional

Em sua convocatória para as marchas, Petro denunciou o Ministério Público por tentar derrubar seu governo “pelas vias judiciais”. Ele também afirmou que as investigações representam uma “ruptura institucional” e pediu atenção dos outros países à “tomada do MP pela máfia”.

O presidente também criticou a cobertura midiática das manifestações, acusando os jornais de construírem um relato violento para estabelecer uma relação com os atos de 1985, quando integrantes da guerrilha M-19 tomaram o Palácio da Justiça armados em um episódio que terminou em confronto e mortes.

Desde que assumiu em 2022, Petro tem enfrentado uma série de acusações do MP, incluindo investigações contra a Fecode, a suspensão do ministro das Relações Exteriores e a demora para escolher um novo procurador-geral.




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