Especialista da CIA afirma que China usa influência com o Irã para ganhos econômicos e geopolíticos no Oriente Médio.

Pequim nega interferência em conflitos do Oriente Médio, mas é pressionada pelos EUA

Em entrevista ao Financial Times, o especialista da CIA em China, Dennis Wilder, afirmou que Pequim tem utilizado sua influência com o Irã para abordar os conflitos no Oriente Médio em busca de ganhos econômicos e geopolíticos. No entanto, Wilder ressalta que a China estaria relutante em usar sua influência de forma a prejudicar os interesses dos EUA sem obter benefícios próprios.

A pressão diplomática sobre Pequim ocorre em um momento em que os EUA e seus aliados, especialmente o Reino Unido, continuam bombardeando posições houthis no Iêmen, em resposta a uma série de ataques a navios comerciais que transitam pelo mar Vermelho desde meados de novembro.

Expulsão de representantes da ONU no Iêmen

De acordo com a agência de notícias Reuters, os Houthis ordenaram que os funcionários da ONU dos EUA e do Reino Unido, que atuam no Iêmen, deixem o país no prazo de um mês. Essa decisão foi tomada após os países ocidentais atacarem novos alvos no mar Vermelho, com os EUA assumindo a responsabilidade pelos ataques, alegando a destruição de dois mísseis anti-navio.

O governo dos EUA também acrescentou os Houthis à sua lista de grupos terroristas na última semana. Por sua vez, o grupo do Iêmen age em defesa da Palestina e contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, financiada pelos Estados Unidos.

Diante desse cenário, a China enfrenta pressão para explicar seu envolvimento e influência no conflito do Oriente Médio. O Irã é um dos principais aliados chineses na região e tem participação significativa nos conflitos em curso, o que levanta preocupações sobre o papel de Pequim no desdobramento desses eventos.

Com Sputniknews e Tass.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo