Na última terça-feira, 16 de abril, um estudante de apenas 13 anos faleceu em decorrência de agressões sofridas por parte de colegas em uma escola estadual localizada em Praia Grande, litoral de São Paulo. O trágico incidente ocorreu uma semana após o garoto ter sido atacado no banheiro da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, onde cursava o 6º ano do ensino fundamental. Segundo relatos dos pais, o jovem teria sido vítima de agressões que causaram danos em sua coluna, levando à sua fatal condição.
A Polícia Civil já instaurou um inquérito para investigar o caso, que também está sendo apurado pela Secretaria Estadual de Educação. O menino, que completou 13 anos no dia 7 de abril, havia relatado aos pais que seus colegas o agrediram ao “pularem em cima dele”. O pai do adolescente afirmou que ele foi informado por uma funcionária da escola que o filho havia caído da escada, porém, ao chegar em casa, o jovem desmentiu a versão, revelando ter sido agredido por dois colegas no banheiro da instituição.
Um vídeo divulgado pela família mostra o pai questionando o filho sobre o ocorrido. O pai pergunta pelas agressões e quer saber o nome do agressor, ao que o garoto confirma o ataque. A situação se agravou nos dias seguintes, com o aluno relatando dores intensas e falta de ar. Apesar de ter sido levado três vezes à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande, o estado de saúde do estudante piorou, o levando a ser internado na Santa Casa de Santos, onde veio a óbito após complicações.
A advogada da família destacou que o jovem já vinha sofrendo bullying na escola, fato que era conhecido pelos pais e até mesmo registrado em boletim de ocorrência anteriormente. Ela mencionou que o garoto não possuía problemas de saúde anteriores e que a sua morte levanta questionamentos sobre a relação direta das agressões com o seu óbito. A família aguarda o laudo necroscópico para entender melhor o que causou o falecimento.
Diante da gravidade do caso, a comunidade escolar foi abalada e a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo se pronunciou, lamentando o falecimento do estudante e prometendo uma investigação interna. Além disso, uma equipe do programa Conviva foi disponibilizada para dar suporte emocional aos alunos e à comunidade afetada. O Conselho Tutelar e a prefeitura de Praia Grande também iniciaram apurações paralelas para esclarecer os fatos relacionados ao ocorrido.
Autoridades policiais estão investigando o caso, porém, devido à idade dos envolvidos, as identidades dos agressores não foram divulgadas. A família encontra-se devastada com a perda do filho, que segundo relatos, era um menino tranquilo que nunca se envolveu em problemas. Agora, resta aguardar os desdobramentos das investigações para entender o que levou a essa tragédia na escola em Praia Grande.