O cenário da violência entre adolescentes se mantém preocupante, de acordo com o último estudo divulgado. Dados apontam que 11% dos menores relataram ter sido vítimas de bullying na escola, um aumento em relação à edição anterior, que registrava 10%.
A pandemia provocou mudanças significativas na forma como os jovens interagem. A organização da ONU destacou que as formas virtuais de violência entre colegas se tornaram mais comuns durante os períodos de confinamento, quando o mundo dos adolescentes se tornou predominantemente virtual.
O estudo também revela que o cyberbullying atingiu 15% dos meninos e 16% das meninas nos últimos meses. Os níveis mais elevados foram identificados em países como Bulgária, Lituânia, Polônia e Moldávia, enquanto os índices mais baixos foram observados na Espanha, segundo a OMS.
Em muitos territórios, o pico do cyberbullying ocorre por volta dos 11 anos para meninos e aos 13 para meninas. Surpreendentemente, não há diferenças significativas com base na categoria socioprofissional dos pais dos adolescentes afetados.
O relatório ressalta a necessidade de investimento em formas de monitorar e combater a violência, especialmente no ambiente online. A regulação das redes sociais é apontada como uma medida fundamental para limitar a exposição ao cyberbullying.