EUA concedem prazo para liquidação de transações com a Venezuela e flexibilizam sanções em meio a negociações políticas e eleitorais

O Departamento do Tesouro americano impõe prazo para liquidação de transações pendentes com a Venezuela

Em uma decisão recente, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos estabeleceu um prazo até 31 de maio para a “liquidação das transações” pendentes com a Venezuela. Além disso, foi incluída uma seção que permite que empresas que desejam trabalhar com o país sul-americano solicitem licenças específicas.

Essa medida foi uma resposta ao que foi chamado de “assédio” eleitoral contra a oposição na organização das eleições presidenciais na Venezuela, nas quais o presidente Nicolás Maduro buscará um terceiro mandato de seis anos.

O porta-voz do governo venezuelano, Gil, indicou que os Estados Unidos, com essa ação, “consumaram sua política de violação aos compromissos firmados sob a mediação do Catar” em setembro do ano passado. Segundo a Venezuela, esses compromissos incluíam a eliminação das sanções no momento da convocação das eleições.

De acordo com fontes internas, as negociações entre Caracas e Washington ocorreram de forma discreta e levaram a um acordo de troca entre Alex Saab, acusado de ser testa-de-ferro do presidente Maduro, e um grupo de 10 americanos e 18 venezuelanos presos no país. Essa medida foi vista como um gesto de boa vontade por parte do governo dos EUA.

Paralelamente, uma negociação entre o governo e a oposição na Venezuela, mediada pela Noruega, resultou em um acordo para a realização de eleições no segundo semestre deste ano e a revisão das inabilitações contra opositores.

Como resposta a essas negociações, os EUA decidiram flexibilizar as sanções e condicionaram a suspensão total das mesmas à realização de eleições nas quais todos os opositores inabilitados pudessem participar.

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