EUA veto resolução de cessar-fogo em Gaza, chamado hipócrita pelo porta-voz argelino




“Votar contra a resolução é um voto contrário ao sonho de uma vida melhor”, disse Amar Bendjama, porta-voz argelino. “Hoje, cada palestino é um alvo para morte, extermínio e genocídio.”

Segundo a falar, a representação dos EUA rejeitou a resolução. A justificativa foi que um cessar-fogo nos termos propostos pela Argélia —que não condenou o ataque terrorista do Hamás— atrapalharia as negociações de paz discutidas pelos Estados Unidos, Egito e Catar.

Nós queremos esse acordo o mais rápido possível, mas, às vezes, a diplomacia precisa de mais tempo.
Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU

Depois das duas falas, os 15 membros do conselho votaram. Como a representante americana confirmou seu voto contrário, a resolução foi rejeitada.

Esta é a terceira vez que os EUA usam o seu poder de veto para barrar um cessar-fogo em Gaza. Uma delas foi proposta pelo Brasil em outubro do ano passado.

“Hipócrita”


Segundo informações divulgadas pela representação argelina na Organização das Nações Unidas, a rejeição à resolução sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza é vista como um desrespeito ao sonho de uma vida melhor para os palestinos. De acordo com o porta-voz Amar Bendjama, cada palestino está sendo alvo de morte, extermínio e genocídio.

A representação dos Estados Unidos rejeitou a resolução, alegando que o cessar-fogo proposto pela Argélia, que não condenou o ataque terrorista do Hamás, poderia atrapalhar as negociações de paz em andamento entre EUA, Egito e Catar. A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, ressaltou a necessidade de chegar a um acordo o mais rápido possível, mas afirmou que a diplomacia pode demandar mais tempo em certos momentos.

Após as discussões, os 15 membros do conselho votaram, e com a confirmação do voto contrário dos Estados Unidos, a resolução foi rejeitada. Essa foi a terceira vez que os EUA utilizaram seu poder de veto para bloquear um cessar-fogo em Gaza. Vale ressaltar que uma das vezes foi em relação a uma proposta do Brasil em outubro do ano passado.

Diante desse contexto, a representação dos EUA tem enfrentado críticas, com Amar Bendjama citando hipocrisia no contexto da rejeição à resolução. Essa atitude tem gerado intensos debates e coloca em evidência as divergências entre as principais potências em relação ao conflito na região. A recusa do cessar-fogo tem fomentado discussões sobre os interesses políticos por trás das decisões das grandes potências em relação ao conflito na Faixa de Gaza.

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