Ex-chanceler Celso Amorim critica fala de Genoíno sobre judeus e comenta decisão da CIJ sobre Israel

Ex-chanceler e assessor especial da Presidência critica fala de Genoíno sobre judeus

O ex-chanceler e assessor especial da Presidência Celso Amorim fez críticas à declaração de Genoino sobre judeus, afirmando que ele “se equivocou ao falar de judeus”. Amorim destacou que são contra qualquer forma de antissemitismo e a questão não é religiosa ou étnica.

Quanto a eventuais medidas tomadas contra Israel, Amorim afirmou que aguarda o posicionamento da CIJ (Corte Internacional de Justiça). Nesta sexta, a Corte determinou que o governo de Israel tome medidas para “prevenir um genocídio” e deu seguimento ao processo aberto pela África do Sul, apoiado pelo Brasil. A CIJ, no entanto, não determinou o cessar-fogo.

Genoino declarou que defenderia o boicote a empresas de católicos, evangélicos ou de qualquer outra crença que prestem serviços ao governo de Israel. Ele ressaltou que aprovaria essa medida em relação às empresas vinculadas ao governo de Israel.

Segundo Genoino, a defesa do boicote é uma “arma pacífica contra a ocupação militar” e que não é antissemita, sendo contra qualquer preconceito contra o povo judeu. Ele ainda reiterou a favor da existência de dois Estados, o judeu e o palestino, e defendeu que o Estado palestino seja “respeitado por Israel e tenha viabilidade econômica e política”, esperando “sustação do genocídio”.

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou que a fala de Genoino representa uma postura difícil e perigosa, esperando que ela não seja associada nem ao Partido dos Trabalhadores nem às autoridades do governo. Ele destacou que o antissemitismo não é algo que o governo pode aceitar.

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