Ex-presidente argentina classifica atual governo como ‘a quarta coalizão de governo pela fusão de Macri e Milei’

Argentina em crise: Ex-presidente critica atual governo ultraliberal

O documento de 33 páginas divulgado pela ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, classifica o momento atual da economia argentina como “a terceira crise de dívida”. Segundo o documento, a crise teve início na gestão liberal de Maurício Macri e deve atingir seu auge no governo ultraliberal de Milei. A ex-presidente endereça duras críticas ao atual ministro da Economia, Luis Caputo, a quem ela aponta como principal responsável pela atual crise.

De acordo com o documento, “o safari da dívida do então secretário de finanças, Luis Caputo, culminou em 2018, quando, diante da impossibilidade de cumprir os vencimentos da dívida contraída, o governo recorreu ao prestador de última instância e trouxe de volta o FMI como auditor da economia argentina”. Além disso, a ex-presidente aponta que “reciclar funcionários fracassados para reeditar políticas fracassadas só pode conduzir a maus resultados”, em relação aos quadros do governo Macri que integram o atual Executivo, Caputo entre eles.

O ministro da Economia reagiu às críticas da ex-presidente, criticando os 16 anos de gestão de Cristina como presidente e vice-presidente. “A convido a ter um pouco de dignidade e permanecer calada enquanto os argentinos de bem fazem um enorme esforço de suportar e superar o desastre econômico dos seus últimos quatro anos de governo, sem dúvida o pior da história argentina”, postou Caputo em suas redes.

A fala do ministro não ficou sem resposta. Cristina Kirchner fez questão de revidar, referindo-se à família de Caputo que foi investigada por financiamento à Revolução Federal, grupo do qual faziam parte os envolvidos na tentativa de assassinato que ocorreu em setembro de 2022.

Governo Milei é cada dia mais o governo Macri

A ex-presidente também fez menção às declarações de Milei em relação à nova aliança do governo com a incorporação orgânica do macrismo no âmbito legislativo e executivo. Ela pontuou que “a se confirmar essa informação estaremos na presença da quarta coalizão de governo pela fusão de Macri e Milei.”

No entanto, o governo de Milei sofreu uma derrota parlamentar de seu pacote ultraliberal conhecido por Lei Ônibus. O líder voltou suas atenções para essa importante derrota e deu indicações de que deve aprofundar a presença do Partido Republicano (PRO), de Maurício Macri, em seu governo.

Com a polarização política e econômica, a Argentina enfrenta um difícil momento de incerteza diante das divergências e disputas entre diferentes correntes de pensamento. A população aguarda por uma solução que possa garantir a estabilidade e o progresso do país.

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