Em um recente depoimento, o ex-presidente foi questionado sobre sua identidade de gênero, mais especificamente se ele se reconhece como cisgênero.
O termo “cis” faz referência a indivíduos que se identificam com o gênero que lhes foi designado no nascimento, ou seja, o ex-presidente se reconhece como um homem adulto.
Essa pergunta foi feita no momento inicial do depoimento, como parte de um procedimento burocrático padrão para preenchimento da ficha do depoente.
Nas redes sociais, aliados políticos e personalidades que apoiam o ex-presidente se manifestaram criticando a Polícia Federal pela pergunta, argumentando que essa designação vai contra os princípios de igualdade e gera desconforto para a comunidade trans.
Em um tweet, Janaina Paschoal, professora, jurista e ex-deputada estadual, afirmou: “Qual o sentido de, no momento do depoimento, perguntar se a testemunha ou interrogado é cis? O intuito é promover a igualdade entre os seres humanos? Pessoas trans lutam, há anos, para não terem essa condição destacada em seus documentos de identificação. Essas tantas designações vão na contramão do que anunciam! É triste!”
O senador Jorge Seif Junior, ex-secretário de Aquicultura e Pesca no governo Bolsonaro, ironizou a situação, afirmando: “Antigamente, perguntavam se o político era corrupto, mas com o Bolsonaro só resta saber se ele é cis… Bolsonaro é imorrível, imbroxável e incomível.”
