Exposição do Museu da Língua Portuguesa traz diversidade das línguas indígenas brasileiras
A primeira exposição do Museu da Língua Portuguesa sobre Línguas Indígenas, que faz parte da Década Internacional das Línguas Indígenas, lançada pela Unesco, está apresentando uma pequena amostra do rico universo linguístico e cultural dos povos indígenas do Brasil. A curadora e artista Daiara Tukano explica que cerca de 50 profissionais indígenas estão envolvidos no projeto, que tem como objetivo destacar a diversidade e a resistência das línguas indígenas.
As obras ocupam o saguão principal da Unesco e trazem uma instalação de pássaros e seus cantos, misturados às silhuetas das florestas, representando as famílias linguísticas. Daiara destaca a importância simbólica dessas representações: “Nosso conhecimento, nossa linguagem, vem da própria natureza. E dessa floresta nasce um rio, que vai atravessando toda a exposição, trazendo uma linha do tempo e das histórias de contato, resistência e construção das mensagens dos povos indígenas.”
“Não somos lenda”
Thaline Karajá, que se apresentou na abertura da exposição na Unesco, ressalta a relevância das 275 línguas vivas faladas no Brasil, provenientes de troncos linguísticos diversos como Jê, macro Jê, tupi, tupi guarani, entre outros. A exposição visa valorizar e dar visibilidade a essas línguas, que são parte essencial da riqueza cultural do país.
Com a presença de profissionais indígenas engajados na causa, a exposição promete sensibilizar o público sobre a importância da preservação e valorização das línguas indígenas, que são fundamentais para a continuidade e a diversidade cultural do Brasil.
