No dia 19 de janeiro, cerca de 30 familiares de manifestantes cubanos entregaram uma solicitação ao Parlamento, pedindo a aprovação de uma Lei de Anistia. Eles afirmam que a medida é necessária devido aos protestos ocorridos antes, durante e depois do 11 de julho de 2021, e alegam que não houve crime na manifestação da vontade de mudança democrática que os cidadãos expressaram. A petição atualmente conta com 2.314 signatários, evidenciando o apoio popular à causa.
Em resposta, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos enviou uma carta ao ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, reiterando que existem diversos caminhos legais para libertar presos políticos, incluindo a anistia. O Observatório Cubano dos Direitos Humanos, com sede em Madrid, também destacou que o governo cubano pode recorrer ao perdão, à licença extrapenal, à liberdade condicional e à substituição da prisão por sanções alternativas como possíveis formas de exercer a anistia.
No entanto, segundo declarou Aguilera à AFP, a resposta do Parlamento “mais do que uma rejeição, é uma falta de respeito por um povo que exige justiça”. Ele afirmou que continuarão insistindo em sua única arma, “a verdade”, e que não descansarão “diante de tanta injustiça”, mostrando a determinação e a indignação dos manifestantes diante da situação.
