Fernando Diniz: Entre a seleção e o Fluminense, o desafio de conciliar estilos de jogo e conquistar vitórias

Fernando Diniz, técnico do Fluminense, ficou decepcionado com a atuação da seleção brasileira na última terça-feira (17) em Montevidéu. Para ele e para o presidente da CBF, o futebol apresentado foi miserável e longe do estilo bonito que eles desejavam. Dois dias depois, Diniz comandou o time tricolor diante do Corinthians, no Maracanã, e a diferença de desempenho foi evidente.

Alguns podem argumentar que o momento do treinador no clube é mais sólido, já que ele conhece bem o time e tem tempo para trabalhar. Mas será que vale a pena implantar o modelo de jogo do Fluminense na seleção se haverá uma mudança de comando em breve, com a possível chegada de Carlo Ancelotti?

A palavra de Ednaldo Rodrigues, supostamente cometendo um deslize, parece confirmar que haverá uma mudança mesmo. Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol, recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Ciências e Técnicas de Atividades Motoras Preventivas da Universidade de Parma, na Itália. Apesar de não ser doutor de fato, ele é baiano e, como se diz, “burro nasce morto”. Seria muito estúpido da parte dele correr o risco de passar por uma desmoralização tão grande.

Voltando ao papel de Fernando Diniz, ele se mostra como uma espécie de médico que consegue curar os males da seleção e se transforma em um monstro para fazer do Fluminense uma equipe agradável de se assistir. No empate em 3 a 3 contra o Corinthians, o segundo tempo do time tricolor foi preconizado por sua visão de jogo, sem os defeitos apresentados na primeira metade da partida. Marcelo, do Corinthians, ajudou o adversário em dois gols e o árbitro colaborou para mais um, além do passe desperdiçado por Yuri Alberto na pequena área. Apesar da virada não ter ocorrido, devido ao caráter cruel do futebol e ao árbitro que não marcou um pênalti para o Fluminense, a reação do time carioca foi impressionante.

Portanto, o trabalho de Diniz nos dois times é completamente diferente. Ambos têm bons jogadores, mas enquanto o Flu se destaca, a seleção afunda. Com as eliminatórias mais fáceis de sua história, a classificação da equipe da CBF é uma obrigação, enquanto o Fluminense terá o desafio de enfrentar o Boca Juniors na final da Libertadores. A conquista inédita do título na vida tricolor seria maravilhosa, mas o foco de Diniz dividido entre os dois times pode ser arriscado.

No final das contas, Diniz pode perder a fórmula mágica que permite que ele viva ambos os lados do seu trabalho. Ele se arrisca a acabar perdendo o monstro, mas também o médico. Infelizmente, nesta altura do campeonato, Diniz não tem mais escolha.

Em um triste vaticínio, já foi previsto anteriormente que Neymar passaria a viver mais no Brasil se recuperando de lesões, desistindo da busca por ser o número 1. Isso pode acabar sendo a solução para a dependência da seleção em relação a ele, mas corpos mal preparados fisicamente estão mais propensos a sofrerem lesões sérias.

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