Flávio Bolsonaro contradiz presidente do PL e afirma que nome de Alexandre Ramagem não está definido como pré-candidato no Rio de Janeiro

O senador Flávio Bolsonaro, do PL-RJ, contradisse o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e afirmou em entrevista à Folha de São Paulo que o nome do deputado Alexandre Ramagem, também do PL-RJ, não está definido como pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Valdemar havia afirmado anteriormente que o ex-presidente Jair Bolsonaro já havia escolhido Ramagem como o nome para enfrentar o atual prefeito Eduardo Paes, do PSD. No entanto, Flávio emitiu uma nota afirmando que “o martelo não está batido”.

Segundo o senador, o partido possui bons quadros para disputar as eleições municipais do Rio em 2024, incluindo Ramagem, o senador Carlos Portinho e o deputado federal Luiz Lima. Flávio ressaltou que a forma como será tomada a decisão é tão importante quanto o nome do pré-candidato.

Internamente, o recuo de Flávio é interpretado como uma tentativa de reduzir a tensão entre os pré-candidatos preteridos na disputa. Ramagem conta com o histórico ao lado do ex-presidente Bolsonaro e também com o apoio do vereador Carlos Bolsonaro, do Republicanos.

A nota do senador também reforça a intenção do PL de estimular outras candidaturas à direita de Paes. Flávio defendeu a formação de alianças partidárias, tanto para indicação de vice do PL como para candidaturas próprias de outros partidos conservadores.

Dentro do PL-RJ, há a percepção de que apenas a candidatura de Ramagem não será suficiente para garantir um segundo turno contra Eduardo Paes, que é considerado favorito. Uma das opções discutidas é a pré-candidatura do deputado estadual Rodrigo Amorim, do PTB, que é visto como um opositor mais aguerrido.

Amorim seria responsável por conduzir uma campanha mais dura, enquanto Ramagem teria uma imagem mais moderada. Valdemar inclusive defende a indicação da deputada Chris Tonietto, do PL-RJ, como vice na chapa de Ramagem. Outra opção considerada é o deputado Otoni de Paula, do MDB-RJ, que tem uma base eleitoral evangélica.

No entanto, dentro do PL-RJ, há preocupação em relação a essa estratégia, pois a divisão de votos poderia abrir chances para o deputado federal Tarcísio Motta, do PSOL-RJ, chegar ao segundo turno como opositor de esquerda de Paes.

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