– “Não tenho palavras” –
A guerra desencadeada em 7 de outubro, causada pelo ataque de milicianos islamistas que resultou na morte de 1.160 pessoas em Israel e no sequestro de 250, sendo a maioria civis, chocou o mundo. Os números foram divulgados pelas autoridades israelenses e reportados pela AFP.
Em resposta a esse ataque brutal, Israel iniciou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza, resultando na morte de 29.692 pessoas, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do território palestino. O Hamas relatou que somente nas últimas 24 horas, 86 pessoas perderam suas vidas.
Samir Abd Rabbo, um jovem de 27 anos, expressou seu choque ao chegar a Nuseirat, no centro de Gaza, junto com sua filha de um ano e meio, declarando: “Eu vim caminhando (…) Não tenho palavras para descrever o tipo de fome que afeta aquela área”. Ele compartilhou a difícil situação em que se encontram, com falta de leite e sofrendo para alimentar sua filha com pão devido à escassez de alimentos.
A situação de crise humanitária em Gaza é intensificada pelo bloqueio e cerco impostos por Israel, como denunciado pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk. Ele levantou a possibilidade de que a utilização da fome como método de guerra poderia ser considerado um “crime de guerra”, preocupando a comunidade internacional.
