Frente Parlamentar do Empreendedorismo critica nova política industrial do governo, chamando-a de ‘nova política velha’




Críticas sobre a Nova Política Industrial do Governo Lula

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) fez duras críticas à nova política industrial proposta pelo Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que se trata de um modelo petista do passado que não trouxe bons resultados. O presidente da frente, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), chegou a chamar o plano de “nova política velha”.

Em resposta, o governo federal defendeu o plano, argumentando que foi elaborado após diálogos constantes com o setor produtivo. Além disso, afirmou que a política segue experiências modernas adotadas por países como Estados Unidos e União Europeia. Segundo o governo, a implementação do plano resultará em melhorias na vida da população, aumento de empregos e maior competitividade da indústria nacional.

Uma reportagem da Folha antecipou o conteúdo do Nova Indústria Brasil, plano que busca impulsionar o setor industrial pelos próximos dez anos e que será oficialmente apresentado na próxima segunda-feira (22) em evento no Palácio do Planalto. O plano estabelece metas e diretrizes até 2033, abrangendo seis missões ligadas a setores como agroindústria, saúde, transformação digital e tecnologia de defesa.

O documento coloca o poder público como indutor central do desenvolvimento da indústria, utilizando linhas de crédito, subsídios e exigências de conteúdo local para promover empresas nacionais. Essas políticas já foram adotadas em governos petistas anteriores e têm sido alvo de críticas por parte de economistas.

O presidente da FPE expressou sua preocupação com a contradição do plano, considerando as medidas adotadas pela equipe econômica para evitar déficits orçamentários e aumentar a arrecadação. Passarinho destacou que a nova política industrial é focada em financiamento público, enquanto o governo busca, ao mesmo tempo, aumentar a arrecadação através de mais impostos sobre as indústrias.

O Governo Lula defendeu a nova política industrial, afirmando que atende às diretrizes internas e foi resultado de diálogos com representantes do setor produtivo. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços destacou a intenção de implementar um projeto de neoindustrialização, visando uma indústria sustentável, forte e inovadora.

O diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, José Luís Gordon, afirmou que a nova política industrial está ancorada no que existe de mais moderno para estimular e apoiar o setor empresarial. Ele também rebateu as críticas sobre o papel central do poder público na nova política industrial, afirmando que esse modelo é adotado por outros países desenvolvidos.

Segundo o documento da nova política industrial, as empresas nacionais receberão apoio por meio de empréstimos, créditos tributários, participação acionária, entre outros instrumentos. O plano também destaca a prioridade em financiar setores como agroindústria, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e tecnologia de defesa.

Iniciativas do Plano Nova Indústria Brasil

As principais iniciativas do plano incluem empréstimos, subvenções, créditos tributários, participação acionária, requisitos de conteúdo local, comércio exterior, margem de preferência, transferência de tecnologia, propriedade intelectual, regulação, encomendas tecnológicas, compras governamentais e investimento público.

O plano estabelece metas específicas para setores como agroindústria, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e defesa. A intenção é promover o desenvolvimento econômico e tecnológico em diversas áreas, com foco na produção nacional e na redução de dependência externa.

Apesar das críticas, o plano recebeu apoio de especialistas, que reconhecem a importância de fomentar as empresas nacionais, especialmente no contexto atual. O economista Lucas Borges, membro do comitê do Insper, destacou a necessidade de aproveitar a vantagem competitiva do Brasil em relação aos vizinhos na América Latina.

Em resumo, a Nova Política Industrial proposta pelo Governo Lula busca impulsionar a indústria nacional e promover o desenvolvimento sustentável, embora enfrente críticas e desafios relacionados à arrecadação e ao financiamento público.


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