Troca no comando da União Brasil pode facilitar federação com o PP, avaliam dirigentes
A possível mudança na liderança da União Brasil está abrindo caminho para uma federação com o Partido Progressista (PP), segundo avaliação de integrantes da própria legenda. Essa parceria permitiria que as duas siglas atuassem de forma unificada nas próximas eleições, tanto municipais quanto nacionais. Apesar disso, os dirigentes concordam que a concretização desse acordo não será imediata.
O presidente do PP, Ciro Nogueira, é um dos principais defensores dessa ideia. Para ele, a união entre os partidos, em um formato diferente de fusão, facilitaria a eleição de parlamentares no Congresso e resultaria em economia de recursos financeiros.
Além disso, há planos ainda mais ambiciosos entre os dirigentes, que incluem a possibilidade de envolver o Republicanos nessa federação. Com essa união, figuras políticas importantes como o governador paulista Tarcísio de Freitas, atualmente no Republicanos, e o governador goiano Ronaldo Caiado, que está na União Brasil e é pré-candidato à Presidência, poderiam se unir para as eleições de 2026.
A União Brasil, fruto da fusão entre o DEM e o PSL, viu recentemente uma mudança em sua cúpula em uma convenção partidária. Luciano Bivar será substituído pelo atual vice Antônio Rueda, com posse prevista para junho. Apesar da resistência de Bivar, os defensores da federação têm conquistado espaço dentro do partido, ocupando cargos-chave na executiva.
Embora haja nomes contrários à ideia, como o líder do partido no Senado Efraim Filho e o deputado Mendonça Filho, a tendência é que a federação seja discutida com mais profundidade nos próximos anos. A possível aliança entre PP e Republicanos também está sendo cogitada, com potencial impacto na representação no Congresso Nacional.
Os dirigentes partidários acreditam que a formação da federação antes das eleições de 2026 pode reduzir gastos com candidaturas menos competitivas, fortalecendo o grupo no cenário político do país.
Apesar das incertezas e resistências internas, a possível aliança entre União Brasil, PP e Republicanos se mostra como uma estratégia importante para os próximos pleitos eleitorais.
