Garimpo ilegal devastou terras indígenas no Brasil em 2023: 1.410 hectares foram abertos, alerta Greenpeace.





Garimpo ilegal devastou mais de 1.400 hectares em terras indígenas em 2023

Um estudo realizado pelo Greenpeace Brasil revelou dados alarmantes sobre a devastação causada pelo garimpo ilegal em terras indígenas brasileiras. Segundo a organização, apenas em 2023, uma área de 1.410 hectares foi destruída, o que equivale a aproximadamente quatro campos de futebol sendo desmatados diariamente.

A situação mais crítica foi identificada na Terra Indígena Kayapó, localizada no Pará, que perdeu 1.019 hectares de sua extensão devido à atividade garimpeira. Imagens de satélite mostram que as regiões leste e nordeste do território foram as mais afetadas, prejudicando diretamente quatro aldeias.

A Terra Indígena Munduruku, também no Pará, teve 15 aldeias cercadas pelo garimpo ilegal. Apesar de uma leve redução na devastação, de 430 hectares em 2022 para 152 hectares no ano passado, a proximidade dos garimpeiros ainda é preocupante.

Ainda de acordo com o estudo, a Terra Indígena Yanomami teve 238 hectares desmatados, mesmo com a intensa atuação do governo na região desde que foi decretada a emergência de saúde pelo governo Lula. As imagens indicam picos de atividade garimpeira ao longo do ano, com períodos de interferência estatal resultando em quedas temporárias na atividade criminosa.

O porta-voz do Greenpeace Brasil, Jorge Eduardo Dantas, ressaltou a importância de intensificar a fiscalização em todas as terras indígenas afetadas, não se limitando apenas àquelas que recebem mais destaque midiático. Ele destacou a necessidade de ações efetivas para conter o avanço do garimpo ilegal e proteger as populações indígenas e o meio ambiente.

O estudo também chamou atenção para os conflitos sociais e ambientais desencadeados pelo garimpo ilegal, enfatizando que o tamanho da área devastada não é o único indicativo do impacto da atividade criminosa. Dantas reforçou a urgência de uma Amazônia livre do garimpo para garantir a segurança das comunidades locais e preservar a biodiversidade.

DEDICATÓRIA

No campo cultural, a advogada, escritora e dramaturga Becky S. Korich lançou seu primeiro livro, “Caos e Amor”, com um evento na Livraria da Vila, no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. O médico infectologista David Uip e a artista plástica Isabelle Tuchband estiveram presentes, prestigiando a obra da autora.

Contribuição de Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith; colaboração de Luana Lisboa

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