Generais no Poder: Crianças no Tempo do Golpe, Adultos no Golpe Atual. Onde Estava a Institucionalidade das Forças Armadas?






Artigo Jornalístico

O presidente, em suas falas recentes, trouxe à tona um aspecto importante da história do Brasil. Afirmando que os generais no poder atual eram crianças na época do golpe militar, ele acabou por ressaltar a influência do passado nas estruturas políticas do presente. No entanto, não mencionou que parte das Forças Armadas revelou-se fragilizada diante das ações golpistas de Bolsonaro.

Durante o golpe que depôs João Goulart, os atuais generais no poder como Marco Antonio Freire Gomes ainda eram crianças. Esta constatação levanta questionamentos sobre a influência desse passado na atualidade, especialmente quando Freire e Baptista, comandantes das Forças Armadas, se abstiveram de agir contra o golpe de Bolsonaro até depoimentos à Polícia Federal.

Por sua vez, o almirante Almir Garnier Santos, líder da Marinha na época do golpe, colaborou com Bolsonaro, formando um alto-comando para as ações golpistas. Generais como Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram mencionados em investigações da Polícia Federal, evidenciando a presença de militares no movimento golpista de 2022.

Além disso, o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, tem pendências relacionadas a uma investigação sobre oficiais ativos que apoiaram um golpe contra Lula. A falta de informações sobre possíveis punições levanta questionamentos sobre a postura das Forças Armadas diante de movimentos antidemocráticos.

Mesmo que o golpe de 2022 não tenha se concretizado, a movimentação de Bolsonaro antes de sua fuga evidencia uma herança de instabilidade política nas Forças Armadas. A presença de militares em eventos antidemocráticos traz à tona a reflexão sobre a continuidade de posturas autoritárias ao longo das gerações de fardados no Brasil.




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