General Heleno propôs infiltrar agentes da Abin nas campanhas de Lula e Bolsonaro, revela diálogo vazado com o presidente Jair.

O presidente Jair Bolsonaro e o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), se envolveram em uma polêmica recentemente.

Em uma conversa gravada, Heleno conta que pretendia infiltrar agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) nas campanhas de Lula e Bolsonaro. A intenção era monitorar as atividades dos candidatos, mas o presidente interrompeu a conversa e pediu para tratar o assunto em particular.

Bolsonaro chegou a justificar a ação, alegando que o monitoramento seria realizado em ambos os lados, porém, a controvérsia veio à tona quando se constatou que apenas um dos candidatos, justamente aquele que estava sendo espionado, tinha conhecimento e controle sobre a situação.

Diante disso, surgiram questionamentos sobre a postura do presidente, que, como chefe de Heleno, deveria ter repreendido publicamente a proposta de espionagem, e não apenas tratado o assunto como algo corriqueiro. Mesmo que tenha dado uma leve justificativa, Bolsonaro deixou claro que o planejamento da espionagem foi uma iniciativa exclusiva do general, se distanciando do ocorrido.

Em resposta, Bolsonaro afirmou que o trabalho de inteligência proposto por Heleno não teve sua participação, mas ainda assim deu respaldo à atuação da Abin, ressaltando que a agência tinha poder para realizar tais operações.

Ao se aprofundar na questão, Heleno ainda deu detalhes sobre a suposta espionagem, deixando mais evidente a intenção de monitorar a campanha do oponente, Lula. As declarações geraram grande repercussão e questionamentos sobre a ética e legalidade das ações propostas.

Diante do episódio, a polêmica envolvendo o governo de Bolsonaro e seu alto escalão ganhou destaque na mídia e despertou críticas de diferentes setores da sociedade, levantando discussões sobre a conduta ética e transparente do governo em relação a ações de inteligência e segurança institucional.

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