Glitter do Carnaval impacta meio ambiente: pesquisadores alertam para interferência nas taxas de fotossíntese de espécies aquáticas.



Glitter e os impactos ambientais

No mês do Carnaval, o glitter se destaca como matéria-prima em várias formas de expressão, incluindo roupas, adereços, decorações, cosméticos e maquiagem. No entanto, a popularidade do glitter também vem acompanhada de impactos ambientais preocupantes.

Estudos realizados na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e apoiados pela Fapesp revelaram que as partículas de purpurina não apenas são microplásticos, mas também carregam metais, como o alumínio. Isso pode afetar a vida aquática e interferir na fotossíntese de espécies como a Egeria densa, uma macrófita comum no Brasil.

As macrófitas desempenham um papel crucial nos ecossistemas aquáticos, servindo de abrigo, alimento e produzindo oxigênio. No entanto, os experimentos realizados em laboratório mostraram que a presença de glitter reduziu significativamente a taxa fotossintética da Egeria densa, afetando seu crescimento e respiração.

Carnaval sustentável

Segundo os pesquisadores, esses resultados destacam a importância de repensar o uso do glitter e buscar alternativas mais sustentáveis para os adereços carnavalescos. Além disso, eles ressaltam a necessidade de políticas públicas que promovam um consumo mais consciente desses materiais, considerando os impactos em toda a cadeia alimentar dos ambientes aquáticos.

Portanto, diante dessas descobertas, é fundamental repensar o uso do glitter e buscar alternativas mais sustentáveis para preservar o meio ambiente. O Carnaval pode e deve ser uma festa de brilho, mas também de responsabilidade ambiental.


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