Governador de Minas Gerais desfila como “heteronegacionista” em programa de combate à violência no Carnaval
O clima de Carnaval já toma conta do país e, como de costume, os governantes têm a difícil tarefa de escolher suas fantasias para essa festa tão tradicional. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, já escolheu a sua e causou polêmica ao aparecer vestido de “heteronegacionista” durante o lançamento de um programa de combate à violência contra as mulheres no Carnaval.
Enquanto muitos poderiam esperar que Zema abordasse a importância de proteger as mulheres em um período festivo marcado pela violência e assédio, o governador optou por destacar a suposta injustiça cometida contra homens bem-sucedidos. Em suas palavras, ele afirmou que, no Brasil, as pessoas tendem a rotular alguém como “carrasco” apenas por ser homem, branco, heterossexual e bem-sucedido.
Essas declarações não são novidade vinda do governador de Minas Gerais. Em outras ocasiões, Zema já fez comentários polêmicos, como quando comparou os estados do Nordeste a “vaquinhas que produzem pouco” e quando afirmou que as regiões Sul e Sudeste estão mais comprometidas com o trabalho do que com o auxílio emergencial.
Essa atitude do governador gerou revolta e críticas por parte da população, especialmente após o contexto em que sua fantasia “heteronegacionista” foi apresentada. Muitos classificaram a escolha como desrespeitosa e inadequada, considerando a importância de abordar questões sérias como a violência contra a mulher.
O repúdio às declarações e atitudes de Zema causou indignação e levantou debates sobre a responsabilidade dos governantes em abordar questões sensíveis, especialmente em um momento festivo como o Carnaval. Resta saber se o governador de Minas Gerais irá se retratar ou permanecerá firme em suas posições controversas.