Tarcísio de Freitas: da moderação ao abraço ao bolsonarismo

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) está passando por uma transição ideológica que vem chamando a atenção dos observadores políticos. Inicialmente, ele apostou em uma imagem de político técnico e moderado, buscando conquistar o eleitor paulista com um discurso centrado nos resultados e na eficiência. No entanto, nos últimos meses, ele tem se aproximado cada vez mais do bolsonarismo, abraçando a ideologia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Essa mudança de postura ficou evidente durante uma manifestação na avenida Paulista, onde Tarcísio demonstrou apoio incondicional a Bolsonaro, elogiando seu papel como representante de um movimento em defesa da família, da pátria e da liberdade. Essas palavras, que anteriormente não eram parte do vocabulário do governador, agora ressoam com frequência em seus discursos e ações políticas.

Essa guinada ideológica também se reflete em suas escolhas para o governo de São Paulo. Ao nomear figuras alinhadas ao bolsonarismo, como Guilherme Afif (PSD) e Valéria Bolsonaro, Tarcísio reforça o seu compromisso com os valores conservadores e nacionalistas que marcam o bolsonarismo. A nomeação de Valéria para a secretaria da Mulher e a revogação de uma resolução da secretaria de Saúde voltada para a população LGBTQIA+ foram vistas como gestos de alinhamento com a agenda política de Bolsonaro.

Ao elogiar publicamente Bolsonaro e se posicionar ao lado do ex-presidente em eventos políticos, Tarcísio deixa claro que está disposto a abraçar o bolsonarismo e a se tornar uma figura de destaque dentro desse movimento. Se antes ele buscava se distanciar da influência bolsonarista, agora ele parece abraçar essa ideologia e se colocar como herdeiro político de Bolsonaro, projetando-se como uma possível alternativa para as eleições presidenciais de 2026.

Essa mudança de postura de Tarcísio de Freitas levanta questões sobre os rumos da política no Brasil e a consolidação do bolsonarismo como força política dominante. Como será a reação dos eleitores diante dessa nova postura do governador de São Paulo? E como isso influenciará o cenário político nacional nos próximos anos?