Governador do Rio, Cláudio Castro (PL), tem sigilos quebrados em investigação de esquema de corrupção – Operação Sétimo Mandamento.






Artigo Jornalístico

Investigação no Governo do Rio de Janeiro

Segundo autoridades do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Cláudio Castro (PL) está sendo investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção no Rio. O ministro Raul Araújo autorizou a quebra dos sigilos telemático, fiscal e bancário de Castro, no âmbito de um inquérito que apura desvio de recursos e fraude em licitações em contratos sociais entre 2017 e 2020. Este é o sétimo chefe do Executivo estadual a figurar na Justiça, o que tem gerado grande repercussão em todo o país.

A decisão sobre a quebra dos sigilos do governador foi determinada na Operação Sétimo Mandamento, que teve início ontem. A Polícia Federal realizou buscas em endereços ligados a Vinícius Sarciá Rocha, irmão de Castro e presidente do Conselho de Administração da Agência Estadual de Fomento (Agerio). No entanto, Castro não foi diretamente alvo da operação. Sua equipe divulgou uma nota afirmando que não há provas contra ele e que a ação não acrescentou elementos novos à investigação que já está em andamento desde 2019. Por sua vez, Vinícius Rocha não se pronunciou até a noite de ontem.

A investigação da PF está focada nos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, que teriam sido alvo de desvios entre 2017 e 2020, antes de Cláudio Castro assumir o governo após a cassação de Wilson Witzel. A polícia aponta suspeitas de fraudes em licitações e contratos administrativos de assistência social, com desvios de recursos públicos e direcionamento de serviços para redutos políticos ligados ao atual governador.

De acordo com os investigadores, a taxa de propina nos contratos variava entre 5% e 25%, totalizando mais de R$70 milhões em pagamentos indevidos. Os crimes apurados incluem organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, com a PF mantendo detalhes do inquérito em sigilo.

As investigações envolvendo Castro ganharam força no início deste ano, quando o ministro Raul Araújo atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizou a PF a abrir um inquérito para investigar o governador do Rio por suposta participação em um esquema de corrupção que teria ocorrido durante o período em que ele era vereador e vice-governador.

Vale ressaltar que o Rio tem um histórico de chefes e ex-chefes do Executivo investigados por corrupção. Mesmo entre os governadores eleitos, poucos escaparam dessa situação, como é o caso de Leonel Brizola e Marcello Alencar, que já faleceram, e de Nilo Batista, Benedita da Silva e Francisco Dornelles, que foram vices e assumiram temporariamente o cargo.

A última figura pública a enfrentar acusações foi Wilson Witzel, antecessor de Castro, que foi acusado de corrupção na área da Saúde durante a pandemia. O ex-governador teve o impeachment confirmado e perdeu o cargo em abril de 2021.

Portanto, a investigação contra Cláudio Castro marca mais um episódio no cenário político do Rio de Janeiro, reforçando a necessidade de combate à corrupção e à impunidade no país. É fundamental que as autoridades investiguem e esclareçam todos os fatos relacionados a esse caso, visando garantir a transparência, a justiça e a legitimidade das instituições governamentais.


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