Governadora do Alabama confirma morte de condenado por hipóxia com nitrogênio, método alternativo de execução sem sedação.

Execução da hipóxia por nitrogênio: o novo método de execução no Alabama

A governadora do Alabama, Kay Ivey, confirmou a morte de Kenneth Smith por volta das 23h25. “Depois de mais de 30 anos e tentativa após tentativa de manipular o sistema, o Sr. Smith respondeu por seus crimes horrendos”.

O que é e como funciona a hipóxia por nitrogênio?

Morte por falta de oxigênio. A execução da hipóxia por nitrogênio causaria a morte ao forçar o condenado a respirar nitrogênio puro. Desta maneira, ele seria privado do oxigênio necessário para manter suas funções corporais.

Nas câmaras de gás usadas em execuções anteriores pelos estados norte-americanos e nos campos de concentração nazistas, gases venenosos como o cianeto de hidrogênio eram usados para matar. O nitrogênio, no entanto, não é venenoso.

O nitrogênio, inclusive, compõe cerca de 78% do ar respirável. No método proposto pelo Alabama, que os parlamentares aprovaram em 2018, o objetivo é justamente remover o oxigênio que está sendo inalado pela pessoa condenada.

No Alabama, o protocolo de execução de hipóxia com nitrogênio não prevê sedação. A AVMA (Associação Veterinária Americana) recomenda a administração de um sedativo até mesmo para animais de grande porte, quando sacrificados desta forma.

Este novo método de execução, aprovado em 2018, tem gerado controvérsias e debates sobre os métodos utilizados para punir crimes considerados hediondos. A ausência de sedação foi fortemente criticada por especialistas e defensores dos direitos humanos, que alegam que o uso de nitrogênio puro pode causar sofrimento extremo antes da morte efetiva.

Enquanto isso, o governo do Alabama defende a execução por hipóxia com nitrogênio como um método mais humano e eficaz, sem os riscos de falha ou sofrimento associados a outras formas de execução. A governadora Kay Ivey destacou que este método é uma resposta à longa história de recursos e manipulação do sistema por parte de condenados no corredor da morte.

Apesar das polêmicas, o Alabama segue em frente com sua política de punição aos crimes mais severos, e a execução de Kenneth Smith representa um marco nessa nova abordagem. O debate sobre a ética e humanidade da execução por hipóxia com nitrogênio continua a gerar discussões acaloradas em todo o país.

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