A solidão tem sido um desafio enfrentado por muitos países e líderes ao redor do mundo, mas recentemente, a revista inglesa trouxe uma novidade reconfortante: a presença dos governadores de São Paulo e de Goiás. Essa união torna-se ainda mais relevante diante da recente resolução apresentada pelos Estados Unidos, que propõe um cessar-fogo e a libertação de todos os reféns. Vale ressaltar que os americanos vinham rejeitando textos com essa abordagem, porém, Biden pode reconsiderar sua posição diante dos acontecimentos atuais e da eficácia das ações implementadas por Netanyahu, ao contrário de Tarcísio e Caiado, que se mantêm firmes em seus propósitos. O texto proposto será votado no Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira, trazendo consigo a expectativa de aprovação. No entanto, historicamente, Israel tem se mostrado avesso às resoluções da ONU, inclusive ao Conselho de Segurança, desde que ignorou a Resolução 242 em 1967, que indicava a retirada dos territórios ocupados.
DIÁLOGOS INTERNACIONAIS
Os governadores brasileiros demonstram uma postura desafiadora e até mesmo fanática ao se envolverem em questões internacionais. Sua visita não se limitou apenas ao presidente e primeiro-ministro, mas expandiu-se para incluir Israel Katz, o polêmico chanceler que tem causado repercussão global ao acusar Lula de antissemitismo.
Em uma publicação no Twitter, Katz afirmou:
“Fiquei feliz em me reunir hoje com dois grandes amigos do Estado de Israel, o governador de São Paulo @tarcisiogdf e o governador de Goiás @ronaldocaiado, que representam dezenas de milhões de brasileiros e vieram apoiar Israel. Eu disse a eles que não abrimos mão do povo brasileiro, que apoia o povo judeu e o Estado de Israel e simpatiza com a nossa guerra justa contra a organização terrorista assassina Hamas, e agradeci a eles pela comovente solidariedade que demonstraram com o povo de Israel. As declarações antissemitas do presidente @LulaOficial não irão separar nossas nações. Nossos valores compartilhados são os inimigos de nossos inimigos – juntos venceremos”.
O apoio dado por esses políticos brasileiros a Katz levanta questionamentos sobre seus posicionamentos e o uso de sua imagem em benefício de interesses estrangeiros. Mesmo que haja divergências com o governo federal, ambos afirmam manter uma postura colaborativa com seus Estados. No entanto, ao permitirem que um representante externo os utilize como instrumentos para ataques infundados, transparece uma quebra da institucionalidade e uma possível exploração política da situação.
PERFIL DO CHANCELER
Katz, elogiado por Tarcísio e Caiado, é conhecido por atitudes polêmicas, como a humilhação do embaixador brasileiro, Frederico Meyer, em resposta a comentários de Lula. Além disso, durante uma reunião com representantes da União Europeia, ele sugeriu a criação de uma ilha artificial nas proximidades de Gaza, visando estabelecer uma conexão comercial que exclui a possibilidade de um Estado palestino. Essa proposta, se concretizada, colocaria Israel no controle militar da região, gerando controvérsias e tensões diplomáticas.
