Governo brasileiro propõe mudanças no Conselho de Segurança da ONU e defende reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC)






Governo brasileiro busca reformas nos organismos internacionais

O governo brasileiro historicamente tem um foco e uma proposta para mudanças no Conselho de Segurança da ONU que incluem o aumento do número de membros permanentes, que poderiam ser 15, e o fim do direito de veto. A representação passaria a incluir Brasil, Alemanha, Índia, Japão e representantes dos países africanos e outros asiáticos.

“O Conselho seria mais democrático se talvez estivesse mais instrumentado para resolver situações. Mas é isso, nós precisamos forçar uma situação”, afirmou o ministro em entrevista à Reuters e a outra agência de notícias antes da primeira reunião de chanceleres do G20 durante a presidência brasileira do grupo, nesta semana.

“Nossa proposta é essa. Que o Conselho de Segurança especificamente tem que ser reformado, tem que ser mais democrático, contar com a representação de mais países, de todos os continentes. Não é possível que a África, o maior continente, com uma população gigantesca, com países importantes, não esteja representada. Que a América Latina não esteja representada, outros países na Ásia, como a Índia. Isso é um absurdo e isso precisa ser mudado”, acrescentou.

Outro ponto essencial para o Brasil, que não vinha sendo citado, é a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). Praticamente abandonada desde o governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, a organização, que teve papel fundamental nas discussões sobre liberalização do comércio nas décadas de 1990 e 2000, perdeu relevância e está praticamente esquecida.

“OMC também precisa ser reformada. Para o Brasil é fundamental, para questão agrícola é fundamental. O Brasil tem o multilateralismo na sua própria Constituição, no princípio da sua política externa. É uma arma importante para fazer valer as nossas posições”, defendeu o ministro.

Mesmo em meio a crises internacionais que colocam em lados opostos membros fundamentais do bloco, como as guerras na Ucrânia e em Gaza, Vieira acredita que é o momento para o G20 conseguir levar adiante discussões como essa.


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