Governo estabelece cotas de importação de aço e aumenta imposto para 25% em medida histórica para proteger indústria nacional.




Decisão do governo sobre o aço é comemorada pela siderurgia

A recente decisão do governo de impor cotas para a importação de aço e aumentar o Imposto de Importação para 25% sobre o volume excedente foi recebida com entusiasmo pelos representantes da siderurgia e analistas de comércio exterior. A medida visa conter a invasão de aço chinês no Brasil, um problema que vinha preocupando as indústrias nacionais.

Em declaração, Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, destacou a importância histórica da decisão e ressaltou que o Brasil está seguindo a mesma linha de outros países, como Estados Unidos, México e União Europeia. Segundo ele, a mudança para um sistema misto, com uma cota seguida de uma tarifa sobre o excedente, demonstra que o Brasil não está mais tolerando a invasão descontrolada de aço estrangeiro.

Apesar do apoio da siderurgia, houve oposição por parte de algumas entidades, como a Coalizão formada por 16 setores da indústria intensivos em aço, que alertavam para possíveis aumentos de custos, perda de competitividade e pressão sobre a inflação devido ao aumento do imposto. No entanto, a decisão foi vista como uma solução equilibrada por alguns representantes, como Renato Correia, presidente da Cbic, que acredita que o setor da construção não será diretamente impactado.

A decisão também gerou discussões sobre os possíveis impactos nos preços finais para os consumidores. Rafael Cagnin, economista do Iedi, ressaltou a importância de instâncias internacionais de regulação do comércio, enquanto José Augusto de Castro, presidente da AEB, defendeu a medida como uma forma de defesa diante da agressividade estrangeira.

No entanto, ainda é cedo para prever os efeitos a longo prazo. Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Mdic, alertou para a necessidade de compreender melhor como a cota de importação será distribuída e como as indústrias vão lidar com contratos de longo prazo diante da mudança temporária na tarifa de importação.

Com informações da Reuters


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