Essa decisão dos militares em Niamey ocorre após um mês de manifestações, tomadas de decisões e declarações hostis à política francesa. O Ministério dos Assuntos Estrangeiros do Níger afirmou que a expulsão do embaixador ocorreu devido à “recusa do embaixador francês em Niamey em responder ao convite para uma entrevista” e por outras ações do governo francês consideradas contrárias aos interesses do Níger.
Essa medida drástica por parte das autoridades nigerianas reflete as tensões crescentes entre o novo governo militar e a França, que antes mantinham uma relação próxima. O Níger foi uma colônia francesa até 1960 e desde então manteve relações diplomáticas e econômicas estreitas com o país europeu. No entanto, o governo militar tem expressado sua insatisfação com as políticas francesas, especialmente no que diz respeito ao combate ao terrorismo na região.
Segundo relatórios, as manifestações que ocorreram nas últimas semanas foram impulsionadas pela indignação popular em relação à presença militar francesa no Níger. Muitos nigerianos acreditam que a França não tem sido eficaz no combate a ameaças terroristas e que sua presença tem causado mais problemas do que soluções.
Por outro lado, a França considera a expulsão do embaixador uma ação injustificada e reafirma seu compromisso em colaborar com o Níger no combate ao terrorismo e na promoção do desenvolvimento social e econômico do país. O governo francês também realizou consultas com outros países membros da União Europeia para discutir possíveis sanções em resposta a essa medida unilateral por parte do governo militar nigeriano.
Enquanto as tensões diplomáticas entre a França e o Níger continuam a crescer, é incerto como essa disputa será resolvida. A expulsão do embaixador francês representa um desafio significativo para as relações bilaterais entre os dois países e destaca a complexidade das dinâmicas políticas na região. A comunidade internacional aguarda atentamente os próximos desenvolvimentos e busca uma solução pacífica para essa crise diplomática.
