Guerra no Iêmen: milhões de crianças refugiadas e mortas, o envolvimento dos EUA e Reino Unido expostos.




Conflito no Iêmen: um retrato sombrio da guerra

Nos últimos sete anos, o Iêmen tem sido palco de uma guerra civil que resultou em devastação e sofrimento para milhões de pessoas, principalmente crianças. De acordo com a UNICEF, entre 2015 e 2022, cerca de 2,3 milhões de crianças se tornaram refugiadas no conflito no Iêmen, e 11 mil morreram ou foram gravemente feridas. Esses números são um retrato sombrio das terríveis consequências do conflito para a população mais vulnerável.

Apesar de os Estados Unidos terem mantido uma posição de afastamento da imagem pública da guerra, o país continuou envolvido ativamente por meio de representantes no centro de comando dos bombardeios sauditas. O acesso a todos os alvos de bombardeio era possível graças à infraestrutura norte-americana, incluindo imagens de satélite. Além disso, o Reino Unido também participou do centro de comando, tornando-se um dos principais fornecedores de armas para os sauditas.

A história do Iêmen, uma nação com uma rica e complexa história, foi abalada pela guerra civil iniciada em 2014. Um acordo de paz poderia ser a chave para ajudar os iemenitas a reconstruir suas vidas após anos de conflito. A situação também permitiu que a Al-Qaeda ganhasse força em algumas regiões do país, realizando uma série de atentados. Parte desses atentados foi direcionada contra a população xiita, alimentando ainda mais as tensões religiosas no país.

O movimento Houthi, que já tinha uma tradição rebelde contra o governo, se revoltou contra o presidente Abd Rabbuh Mansur al-Hadi em 2014, tomando a capital Sana’a. A intervenção da Arábia Saudita foi uma resposta a essa escalada de violência, com o objetivo de defender o governo de al-Hadi. No entanto, os Houthis conseguiram mobilizar apoio para a sua campanha, inclusive de aliados do antigo presidente que mudaram de lado, descontentes com a situação do país.

A ação militar da Arábia Saudita contra o país foi intensa, mas não conseguiu retomar a maior parte do território, que já estava sob controle dos Houthis. Apesar de ter evitado que os rebeldes tomassem o sul do Iêmen e a cidade de Aden, a Arábia Saudita não conseguiu fazer com que os Houthis perdessem o controle da capital Sana’a.




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