Polêmica envolvendo abordagem policial

O homem que filma a cena afirma que é irmão do abordado. Ele questiona os policiais sobre a ordem dada a seu familiar. Um dos policiais orienta para “colocar as mãos para trás e acatar as ordens”. Logo em seguida, ele menciona que os policiais estão passando dos limites e registra tudo em vídeo. De acordo com o deputado Renato Freitas, as gravações foram feitas no dia 23 de abril.

Segundo o parlamentar, foi o próprio homem negro que chamou a polícia. Ele teria feito uma ligação denunciando que estava sendo ameaçado com uma faca pelo ex-marido da proprietária do imóvel onde morava. “O morador estava sendo cobrado por um aluguel que já havia sido pago. O cobrador, ex-marido da dona do imóvel, o ameaçou com uma faca. O morador então chamou a polícia. Porém, ao chegar, os policiais transformaram a vítima em criminoso. Mais um ato abusivo da polícia”, denunciou o deputado nas redes sociais.

Nas imagens, é possível ouvir a proprietária do imóvel. Ela pede calma aos policiais militares e tenta explicar que o inquilino é uma pessoa do bem e um bom pagador.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) solicitou ao Ministério Público que investigue o caso. “Estou acionando o Ministério Público mais uma vez por conta de um caso de violência policial em São Paulo”, afirmou.

Hilton classificou a abordagem como racista. “Além da evidente ação racista da PM, agora parece que a polícia está sendo usada para cobrar aluguéis sob ameaça física”, declarou. “Ao chegar na cena, a PM parece ter decidido: o negro é o culpado, e a pessoa ameaçando-o com uma faca por causa do aluguel está certa”, acrescentou.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, é possível ver policiais do 9° Batalhão do Tucuruvi agredindo covardemente um homem negro. Ele foi quem chamou a polícia após ser ameaçado com uma faca por supostamente não ter pagado o aluguel. A falsa denúncia foi feita pelo ex-marido da proprietária do imóvel, que aparece no vídeo pedindo para os policiais pararem de agredir seu inquilino. O caso é absurdo e revoltante. É para isso que a população mantém a polícia? Isso precisa ser investigado.

Erika Hilton