Importações de soja da China no 1º trimestre atingem nível mais baixo em quatro anos

As importações de soja pela China no primeiro trimestre devem desacelerar para o nível mais baixo em quatro anos, de acordo com dados divulgados pelo governo, o que reflete a menor demanda por ração animal e a disputa comercial em curso com os Estados Unidos.

Os desembarques de soja podem cair 13,4%, para 18,6 milhões de toneladas, de acordo com as estimativas do Ministério da Agricultura do país. Isso representa o menor volume desde 2017, quando importou 17,79 milhões de toneladas no mesmo período.

A redução do ritmo de importação do principal comprador global da oleaginosa deve alimentar preocupações sobre a oferta e a demanda no mercado.

A disputa comercial em curso entre os EUA e a China tem impactado diretamente o comércio de soja, já que a China é o maior importador da commodity. As tensões entre os dois países resultaram em tarifas adicionais sobre as exportações de soja norte-americana para a China, levando o país asiático a buscar alternativas de fornecimento em outros mercados, como o Brasil e a Argentina.

Além disso, a demanda por ração animal na China tem diminuído devido à redução do rebanho suíno, resultado da peste africana suína, que dizimou grande parte do rebanho do país nos últimos anos.

A redução das importações de soja pela China também pode afetar as exportações brasileiras da oleaginosa, uma vez que o país é um dos principais fornecedores de soja para o mercado chinês. Apesar disso, a expectativa é de que a demanda continue forte, uma vez que a China busca suprir a deficiência na produção doméstica da commodity.

A desaceleração das importações de soja pela China também pode ter impacto nos preços da commodity, uma vez que a redução da demanda do maior comprador global pode pressionar as cotações no mercado internacional.

Em meio a este cenário, a expectativa é de que as importações de soja pela China continuem em níveis baixos nos próximos meses, à medida que o país busca alternativas de fornecimento e enfrenta desafios no setor de produção de ração animal.

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