Uma obra de arte de mais de 5.000 metros quadrados foi inaugurada no topo de um edifício, cujas entradas representam a serpente de duas cabeças, em um evento que reuniu centenas de espectadores emocionados.

“Esse é um festival para o povo bamum. Viemos de todas as partes para viver esse momento único”, comentou Ben Oumar, um telespectador de 50 anos, mostrando a importância cultural e social da exposição.

“É um sentimento de orgulho participar desse evento. Esperamos por muito tempo”, acrescentou Mahamet Jules Pepore, funcionário, ressaltando a espera ansiosa pela exposição da obra de arte.

O museu que abriga a obra possui em sua coleção 12.500 peças, incluindo armas, tubulações e instrumentos musicais, demonstrando a diversidade e riqueza cultural do povo bamum.

“Ela reflete a criatividade rica e histórica desse povo, tanto em termos de habilidade e arte, com os desenhos de bamum, quanto de inovações tecnológicas em vários períodos, com moinhos, prensas de vinho…”, destacou o especialista Armand Kpoumie Nchare, evidenciando a importância histórica da exposição.

Além das peças em exposição, o museu também apresenta objetos da vida do soberano bamum mais famoso, Ibrahim Njoya, que criou a escrita bamuna, um sistema com mais de 500 símbolos silábicos, enriquecendo ainda mais a experiência cultural dos visitantes.