Indicadores de Alimentação Infantil: Pesquisa Revela Disparidades Entre OMS e Ministério da Saúde em Estudo da UFBA




Disparidades na Avaliação da Alimentação Infantil entre OMS e Ministério da Saúde

Disparidades na Avaliação da Alimentação Infantil

Por: Jornalista Especializado em Saúde

Um estudo realizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e publicado na revista científica “Epidemiologia e Serviços de Saúde” revelou disparidades na avaliação da alimentação infantil entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS). Os indicadores que avaliam a alimentação complementar de crianças menores de dois anos apresentaram divergências significativas entre os órgãos de saúde.

A alimentação complementar consiste nos alimentos oferecidos para a criança, além do leite materno, e é um aspecto essencial para o desenvolvimento saudável dos pequenos. Uma das principais discordâncias diz respeito à introdução alimentar, com a OMS avaliando a consistência dos alimentos oferecidos e o MS considerando a ingestão diária de duas frutas e uma refeição de sal.

O estudo acompanhou 286 crianças nascidas em Vitória da Conquista, na Bahia, durante dois anos, coletando dados por meio de entrevistas e visitas domiciliares. Foi observado que as práticas de alimentação complementar estão aquém do recomendado pelo MS, mas mais alinhadas com as orientações da OMS.

De acordo com a pesquisadora Daniela Rocha, os critérios do MS são mais minuciosos e consideram as peculiaridades brasileiras, enquanto a OMS busca diretrizes mais gerais para abranger diversos países. Por isso, os autores do estudo sugerem que a avaliação das práticas alimentares seja baseada nos critérios do MS, devido à maior proximidade com a realidade da população brasileira.

Além disso, o estudo também identificou discordâncias em outros indicadores, como diversidade mínima da dieta, frequência mínima da dieta e dieta minimamente aceitável. Essas disparidades podem influenciar nas intervenções necessárias para melhorar a alimentação infantil e garantir um crescimento saudável.

Em resumo, a pesquisa evidenciou a importância de alinhar as diretrizes de avaliação da alimentação infantil entre os órgãos de saúde, visando garantir que as crianças recebam a nutrição adequada para um desenvolvimento saudável e sem disparidades na orientação dos cuidados alimentares.


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