Em um marco histórico, o renomado membro da tribo Krenak tornou-se o primeiro representante de um povo indígena brasileiro a conquistar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Essa instituição, considerada um símbolo da língua portuguesa e da literatura nacional, é composta por 40 membros vitalícios conhecidos como “imortais”.
Krenak, reconhecido por sua atuação como escritor, jornalista, poeta, filósofo, ativista e defensor do meio ambiente, obteve 23 dos 39 votos em outubro para ocupar o posto deixado pelo saudoso historiador José Murilo de Carvalho.
A eleição de Krenak simboliza uma mudança significativa na Academia, que, ao longo dos anos, foi criticada por questões relacionadas ao racismo. No entanto, nos últimos tempos, a instituição tem demonstrado um maior comprometimento com a diversidade cultural do Brasil.
Além disso, em 2022, o compositor, cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil também passou a fazer parte da Academia. Gil juntou-se ao escritor e acadêmico Domicio Proença Filho, admitido em 2006, como os primeiros membros negros na história da instituição fundada em 1897 por nomes ilustres como o icônico escritor negro Machado de Assis.
