Indígenas avá-guarani ocupam escritório da Itaipu em Brasília em protesto por reparação histórica das áreas alagadas.




Indígenas avá-guarani invadem escritório da empresa de Itaipu em Brasília

Indígenas avá-guarani invadem escritório da empresa de Itaipu em Brasília

No dia 25 de novembro, indígenas do povo avá-guarani realizaram uma invasão no escritório da usina binacional de Itaipu, localizado em Brasília. O objetivo do protesto é exigir que a empresa assine uma carta de compromisso com as reivindicações do movimento.

Os indígenas estão buscando uma reparação histórica devido às áreas alagadas de suas terras para a formação do reservatório da usina. Eles afirmam que a ação é para reivindicar o território que a Itaipu deve ao seu povo, localizado no estado do Paraná.

O povo avá-guarani alega que as terras utilizadas pela empresa pertencem a eles, tanto para fins de moradia quanto por serem consideradas sagradas por seus antepassados.

Atualmente, está em curso uma Ação Cível Originária (ACO) movida pelos indígenas contra Itaipu sobre essa demanda. O Supremo Tribunal Federal (STF) criou uma mesa de negociação, mediada pela Advocacia-Geral da União (AGU), para tratar do assunto.

No entanto, os indígenas reclamam que a empresa não compareceu à última reunião do grupo e não apresentou justificativas para a ausência ou argumentos para as negociações, passando mais de um mês sem tomar qualquer providência.

Os manifestantes afirmam que não deixarão o prédio até que a carta com suas reivindicações seja assinada. A carta contempla quatro demandas essenciais: participação efetiva da Itaipu em todas as reuniões, respeito aos indígenas, realização de uma conversa em até sete dias e celeridade no processo de negociação, considerando a vulnerabilidade em que vivem os indígenas.

A ocupação dentro do escritório é conduzida por aproximadamente dez pessoas, enquanto do lado de fora mais indígenas participam do protesto. Essa ação ocorre paralelamente a uma marcha de indígenas em Brasília, como parte do Acampamento Terra Livre, principal evento do movimento no ano.

É importante ressaltar que a insatisfação dos povos indígenas com o governo Lula (PT) tem sido evidente, com manifestações ocorrendo em todo o país. A ministra de Mudanças Climáticas do País de Gales, Julie James, enviou uma carta ao ex-presidente Lula, solicitando a resolução do caso da Usina de Itaipu e a demarcação dos territórios guarani.

Julie James destaca a necessidade de uma reparação histórica pelos impactos causados aos indígenas pela construção da barragem de Itaipu em 1982. Ela pede o compromisso de Lula em considerar o caso do povo guarani e buscar soluções que promovam justiça e igualdade para o povo brasileiro.


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