Influência de Israel na indústria audiovisual: a construção de narrativas sionistas em parceria com renomados diretores e produtores.

A série Fauda tem recebido críticas por parte de ativistas e especialistas em relação à sua representação da questão palestina. Segundo esses críticos, a posição política da série não é original, reproduzindo a visão colonial e apropriação da história palestina derivada do domínio militar sobre os palestinos.

A série é acusada de não apresentar a realidade da ocupação, contextos históricos, demolições, despejos, colonos, soldados violentos, prisões políticas, crianças condenadas por atirarem pedras em soldados fortemente armados. Os críticos argumentam que, em Fauda, os palestinos são representados como movidos por vingança e uma sede insaciável de sangue, perpetuando estereótipos e romantizações acerca dos árabes e muçulmanos, vistos como violentos, retrógrados e maus.

A influência de Israel na indústria audiovisual, com esta lente ocidentalizada, levou diretores e produtores renomados a fazerem parceria com israelenses. A veiculação de ideias sionistas por plataformas de entretenimento, como a Netflix, tem contribuído para o sucesso estrondoso delas, já que esses espaços têm cada vez mais relevância no cenário artístico.

O sucesso da série, que se tornou orgulho nacional em Israel e recebeu vivas por parte de norte-americanos da AIPAC, é apontado como sintomático perante a censura de obras palestinas. Apesar do mérito artístico e qualidade técnica das obras israelenses, críticos afirmam que elas são encomendadas pelas Forças de Defesa de Israel, contribuindo para a perpetuação de uma narrativa tendenciosa em relação ao conflito.

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