Insurreição em Brasília: a tentativa de golpe, a intervenção e a retomada do controle em 8 de janeiro de 2023.






Reportagem


A ‘Festa da Selma’ estava nas redes

No dia 8 de janeiro de 2023, uma série de eventos ocorreu na capital do Brasil, Brasília, causando grande comoção e perturbação. O caos atingiu a cidade após uma insurreição que visava instaurar um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). As mensagens trocadas nos dias que antecederam os ataques indicavam planos de bloqueios de estradas, paralisação de refinarias e a invasão do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, na chamada “Festa da Selma”. Este golpe dependia diretamente da decretação da GLO, que foi requisitada pelo ex-vice-presidente, general e senador eleito Hamilton Mourão.

Entretanto, o então presidente recém-empossado, Lula, recusou-se a autorizar a GLO, decretando em seu lugar a intervenção federal na Secretaria da Segurança do Distrito Federal. Essa medida foi tomada após o texto do decreto da GLO preparado pelo Ministério da Defesa, que havia sido levado até Lula, ser recusado por ele. A situação em Brasília era de total incerteza e caos, com tropas militares e diversos órgãos de segurança atuando para conter a insurreição.

Uma manhã de avisos

No decorrer do dia, mensagens em redes sociais mostravam planejamentos para a “Festa da Selma” e a concentração de manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Manifestações em frente a refinarias também foram relatadas, aumentando a tensão e a inquietação da população. A chegada de 105 ônibus à cidade de Brasília gerou apreensão, demonstrando a magnitude da insurreição que se desenhava.

13h23: a marcha-maravilha

Às 13h23, o governo local afirmava que a situação estava tranquila, porém, poucos minutos depois, houve a divisão da marcha planejada, com a invasão do Congresso, do Planalto e do Supremo Tribunal, causando destruição e caos nos prédios públicos. O festim durou cerca de duas horas, até que as tropas conseguiram retomá-los e controlar a situação.

A paz política pode recomendar que não se cutuquem feridas, mas quando o 8 de janeiro vira efeméride, deixar de lembrá-los é mais que uma injustiça, é um estímulo para quem ficou em cima do muro, sem ouvir nem ver o que acontecia.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo