Israel mantém controle militar da Faixa de Gaza pós-guerra, mas sem administração civil aos palestinos, segundo relatório das FDI.

Israel afirma não pretender ocupar a Faixa de Gaza, mas deve manter soldados para controlar as ações do grupo palestino Hamas, responsável pelos ataques em outubro de 2023. O jornal israelense aponta entraves dentro do governo de Netanyahu, dificultando reuniões sobre a administração pós-guerra em Gaza.

De acordo com o relatório das FDI, as tentativas do governo de convocar ministros para conversações sobre a gestão da Faixa e manter o Hamas fora do poder à medida que os militares recuam foram dificultadas por lutas internas no gabinete de segurança e por questões relativas ao calendário das reuniões.

O Times Of Israel escreveu em dezembro sobre as condições que Israel estava estabelecendo para que suas tropas voltassem a ocupar a Faixa de Gaza após a guerra. Segundo diplomatas, “não há voluntários para governar a região além da Autoridade Nacional Palestina (ANP), a quem o governo israelense está determinado a enfraquecer”.

As afirmações concordam com o posicionamento de Netanyahu desde o início do conflito, em 7 de outubro, que afirmou que Israel manterá “o controle geral de segurança” da Faixa de Gaza após “eliminar o Hamas” a fim de “garantir que um ataque semelhante nunca mais ocorra”.

No entanto, os planos de Israel não preveem fornecer administração civil aos mais de dois milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza. Segundo o Times Of Israel, há um estatuto que prevê o controle da segurança, embora “não seja responsável pelos serviços civis para os palestinos”.

Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, mais de 24 mil palestinos foram mortos na Faixa de Gaza pelos ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde regional. Dentro desse dado, 75% das vítimas são mulheres, idosos e crianças. Diante disso, a África do Sul denunciou Israel por genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ), conhecida como Corte de Haia, no final de dezembro passado.

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