Israel se recusa a se defender em Haia no caso de acusações de genocídio contra os palestinos







Israel enfrenta julgamento em Haia

Embora este processo não esteja relacionado ao caso movido no final de dezembro pela África do Sul, acusando Israel de cometer um genocídio contra os palestinos em Gaza, a ofensiva contra o Hamas, desde 7 de outubro, certamente estará presente nos argumentos. Enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, busca transformar a guerra em uma luta global contra o terrorismo, as audiências realizadas perante o tribunal mundial devem, inevitavelmente, situar este último episódio no contexto mais amplo do conflito.

Israel não irá se defender em Haia

O recurso à CIJ remonta a 30 de dezembro de 2022. Naquele dia, a Assembleia Geral da ONU solicitou à Corte que fornecesse um parecer jurídico sobre a legalidade ou ilegalidade da ocupação israelense e suas consequências. Duas questões foram, então, submetidas aos quinze juízes, que terão que determinar as “consequências jurídicas da violação por Israel do direito dos palestinos à autodeterminação, sua ocupação, sua colonização e sua prolongada anexação do território palestino desde 1967”.

Estados voluntários enviaram memorandos escritos à corte em julho de 2023, muito antes dos ataques de 7 de outubro e as represálias que se sucederam. Apenas alguns estados forneceram uma resposta antes do prazo estabelecido pelo tribunal, em 25 de outubro. A CIJ, segue, portanto, a partir desta segunda-feira, para a última rodada de argumentos orais, desta vez presencialmente.

O Estado israelense é contra este procedimento, mas não deve se justificar perante o tribunal no Palácio da Paz. Israel afirma que o processo visa à “demonizá-lo” e que a resolução do conflito não é uma questão para a justiça internacional.

Neste 19 de fevereiro, os palestinos terão três horas para defender sua causa. Em seguida, até 26 de fevereiro, os voluntários, ou seja, os outros 51 estados e as três organizações multilaterais – União Africana, Liga Árabe e Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) – se revezarão no púlpito diante dos juízes, para breves argumentações de 30 minutos.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo