Judiciário desabilita partido Semilla e congressistas enfrentam restrições no Parlamento, mantendo aliança para eleger nova mesa diretora.

Em meio a uma série de reviravoltas e controvérsias, os congressistas do partido Semilla enfrentam uma difícil situação no Parlamento. De acordo com uma ordem judicial, eles não podem se unir como bloco ou bancada e estão privados de algumas prerrogativas devido a uma decisão que desabilitou o partido no ano passado.

Apesar dessas restrições, os deputados do Semilla, que representam a terceira força no Parlamento, mantêm uma aliança com outros partidos. Essa aliança resultou na eleição, em 19 de janeiro, de uma mesa diretora alinhada ao presidente Alejandro Giammattei.

No entanto, essa mesa diretora foi nomeada após a Corte Suprema ter anulado outra eleita no dia 14 de janeiro, durante a posse presidencial. A justificativa foi de que o deputado Samuel Pérez, do Semilla, não poderia ocupar o cargo por ser independente.

O partido Semilla foi suspenso a pedido do Ministério Público, que alegou irregularidades na sua formação em 2017. Além disso, o Ministério Público também tentou retirar a imunidade do presidente eleito, Arévalo, alegando casos de corrupção.

Por sua vez, Arévalo acusou o Ministério Público de fabricar casos para impedir sua posse, devido à sua promessa de combater a elite política e econômica corrupta do país.

Essa situação de instabilidade no cenário político guatemalteco levanta questões sobre o funcionamento da democracia no país. A interferência do judiciário na atuação dos congressistas do partido Semilla levanta preocupações sobre possíveis violações dos princípios democráticos.

Além disso, a relação conturbada entre o partido e o Ministério Público levanta questões sobre a independência do sistema judiciário em relação aos interesses políticos. As acusações de corrupção e alegações de manipulação por parte do Ministério Público apenas aumentam a incerteza sobre o futuro político da Guatemala.

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