Junta militar em Mianmar promulga lei de recrutamento obrigatório para esmagar oposição crescente.




Junta militar de Mianmar promulga lei de recrutamento

A junta militar no poder em Mianmar, buscando esmagar a oposição crescente, promulgou neste sábado (10) uma lei de recrutamento de dois anos para todos os homens de 18 a 35 anos e mulheres de 18 a 27 anos. A medida é mais um passo do regime para reprimir qualquer tipo de resistência e oposição interna.

De acordo com o serviço oficial de informação, a junta “publicou uma notificação relativa à entrada em vigor da lei do serviço militar popular a partir de 10 de fevereiro de 2024”. A lei, que estava elaborada desde 2010, nunca havia sido promulgada até então.

A decisão da junta militar foi recebida com repúdio por parte da comunidade internacional e de organizações de direitos humanos, que veem o recrutamento forçado como uma violação dos direitos humanos e uma forma de reprimir a população do país.

Desde o golpe de Estado em fevereiro de 2021, Mianmar tem enfrentado uma onda de protestos e resistência contra o regime militar. As forças de segurança têm respondido com violência, resultando em centenas de mortes e milhares de detenções.

Organizações de defesa dos direitos humanos afirmam que a imposição do recrutamento militar forçado é mais um exemplo das práticas autoritárias da junta militar, que tem buscado conter qualquer tipo de oposição ao regime.

Com a promulgação da nova lei, a população de Mianmar se vê diante de mais uma forma de coerção e repressão por parte das autoridades, o que tem gerado preocupação e indignação entre ativistas e grupos de defesa dos direitos humanos.

A comunidade internacional, por sua vez, tem reafirmado seu repúdio ao regime militar em Mianmar e sua solidariedade para com o povo do país, exigindo o fim da repressão e a restauração da democracia.


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