Justiça brasileira valida condenação de Robinho por estupro na Itália e advogado espera prisão imediata no Brasil.






Decisão do STJ sobre Robinho

Advogado da vítima do estupro coletivo se pronuncia após decisão do STJ

O advogado Jacopo Gnocchi, representante da vítima do estupro coletivo pelo qual foi condenado o ex-jogador Robson de Souza, expressou sua satisfação com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou que Robinho cumpra a pena de nove anos de prisão no Brasil. Em declaração nesta quarta-feira (20), Gnocchi destacou sua confiança no sistema judiciário brasileiro e ressaltou a importância da Justiça ser feita.

Assistindo o julgamento online da Itália, o advogado acompanhou com expectativa a formação da maioria de votos a favor da sentença de prisão para Robinho. Para Gnocchi, a decisão do Brasil em validar a sentença da Justiça italiana demonstra que o país não é um “paraíso da impunidade”. Ele destacou a necessidade de garantir que a vítima tenha resolução para o caso, mesmo ciente de que crimes desse tipo deixam marcas indeléveis.

“O Brasil demonstrou ser um grande país e não o paraíso da impunidade. A esse ponto, espero que siga assim até o final, para que vítima possa colocar um fim nisso e virar a página, mesmo sabendo que, infelizmente, esse tipo de crime não é jamais esquecido.”

A vítima, uma mulher de origem albanesa que reside na Itália, também acompanhou o desfecho do julgamento no STJ, mas não se pronunciou publicamente. O caso que resultou na condenação de Robinho aconteceu em 2013, em Milão, onde o jogador atuava pelo Milan. O advogado ressaltou a importância de denunciar crimes como forma de buscar justiça, mesmo diante de desafios e demoras no processo legal.

Em relação às declarações recentes de Robinho acusando o judiciário italiano, Gnocchi classificou como “um gol contra” a tentativa do ex-jogador em contestar a decisão judicial. Segundo a investigação conduzida na Itália, Robinho, Ricardo Falco e outros quatro brasileiros praticaram violência sexual de grupo contra a vítima, que foi embriagada e inconsciente durante os abusos.

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