Líderes partidários se comprometem com projetos para aumentar a arrecadação em reunião com presidente Lula

Durante uma reunião nesta terça-feira (31), o ministro Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, anunciou que os líderes partidários da Câmara que estão alinhados com o governo se comprometeram com projetos para aumentar a arrecadação. Essa foi a primeira reunião do presidente Lula com os líderes da base aliada após a reforma ministerial, que incluiu a entrada do PP e do Republicanos na Esplanada.

Padilha falou sobre a importância de aprovar medidas que garantam o equilíbrio orçamentário e o reequilíbrio macroeconômico, especialmente aquelas que ampliam a arrecadação e geram justiça tributária. Ele destacou o compromisso dos líderes em trabalhar em conjunto com líderes de outros partidos e com a Mesa da Câmara para aprovar essas medidas até o final do ano.

Um dos projetos centrais mencionado por Padilha é a mudança na tributação de grandes empresas que recebem benefícios fiscais nos estados, conhecidos como subvenções. Se o projeto não for aprovado até dezembro, a equipe econômica estima uma perda de até R$ 70 bilhões em arrecadação no próximo ano.

Durante a reunião, o presidente Lula não abordou o tema da meta de déficit fiscal zero. Na última sexta-feira, durante um café com jornalistas, Lula afirmou que seria difícil para o governo federal atingir essa meta em 2024, o que causou discordância com a Fazenda. Lula também enfatizou que não pretende fazer cortes em investimentos e obras.

Em uma coletiva nesta segunda-feira (31), o ministro Haddad tentou suavizar as declarações do presidente. Ele afirmou que seu papel é buscar o equilíbrio fiscal e que fará isso enquanto estiver no cargo, não por pressão do mercado, mas porque é necessário cuidar das contas públicas.

No café de hoje, estiveram presentes líderes como Zeca Dirceu (PT), líder da Federação Brasil da Esperança, Isnaldo Bulhões, líder do MDB, Hugo Motta, líder do Republicanos, Aguinaldo Ribeiro (PP), líder da Maioria, Doutor Luizinho, líder do PP, e Elmar Nascimento, líder do União.

Em resumo, o governo está empenhado em ampliar as medidas econômicas para combater as desigualdades no país. A aprovação das medidas para aumentar a arrecadação é uma das prioridades, e a mudança na tributação de grandes empresas é um dos projetos centrais. A meta de déficit fiscal zero não foi abordada nessa reunião, mas o ministro Haddad reforçou a importância do equilíbrio fiscal. Ainda é cedo para dizer se o governo conseguirá atingir essa meta em 2024.

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