O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um histórico de usar o ato do Dia do Trabalho para pedir votos para aliados. Em 2010, último ano de seu segundo mandato, ele foi multado duas vezes pela Justiça Eleitoral por fazer campanha antecipada para sua então pré-candidata a presidente, Dilma Rousseff.
Naquele ano, Lula compareceu a dois eventos organizados por centrais sindicais, um da CUT e outro da Força Sindical, onde defendeu a continuidade de seu governo, fazendo referência a Dilma que estava ao seu lado. Essas ações resultaram em duas multas do Tribunal Superior Eleitoral, totalizando R$ 12.500.
Além dessas multas, o então presidente foi autuado mais seis vezes em 2010 pelo TSE por campanha em favor de Dilma, com valores que variavam de R$ 5.000 a R$ 10 mil. Na ocasião, Lula chegou a ironizar as autuações em um evento oficial em março daquele ano.
Nesta quarta-feira (1º), no ato das centrais sindicais no estádio do Corinthians, o presidente pediu voto para o pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL), violando a lei eleitoral e gerando representações de diversos partidos. Essa atitude reacende a polêmica em relação ao uso do Dia do Trabalho para fins eleitorais.
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